28.12.09

RECEITA DE ANO NOVO


Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.

(Carlos drummond de Andrade)

16.12.09

PICA PAU CARIJÓ

Tenho escutado este pássaro , mas não tinha visto-o ainda.Assim que ouvi seu "grito", pude observá-lo no muro.
Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros)
Porte médio, vive no interior das matas ciliares, mata seca, cerradões e cerrado.
Adapta-se a ambientes criados pela ação humana, aproximando-se das casas para usar os pomares ou entrando em cidades bem arborizadas.Hábitos discretos, é pouco notado em suas andanças solitárias a procura de insetos nos troncos e copas. O tom esverdeado da plumagem camufla ainda mais. Na cabeça, característica divisão entre vermelho e preto, única entre os pica-paus, destaca a grande área branca da região dos olhos. De perto e sob boa luz, as bolas negras na plumagem do peito e barriga podem ser vistas.
Machos com pequeno bigode vermelho na base do bico. No período reprodutivo (a partir de julho), os machos iniciam a temporada de canto territorial. A timidez do resto do ano desaparece, dando lugar a uma vocalização intensa, contínua, especialmente nos períodos matinais. Nessas ocasiões, escolhe alguns pousos tradicionais em galhos altos, vários expostos. Pode cantar durante dias no mesmo lugar (às vezes semanas), emitindo uma risada alta e parecida com à do pica-pau-do-campo.
Ninho em um galho ou tronco escavado, algumas vezes bem visível. Macho e fêmea cuidam dos ovos e filhotes, alimentando-os com insetos e frutas regurgitados. Fonte: http://www.avespantanal.com.br/paginas/163.htm

11.12.09

ARTES NOS MUROS

Aqui em BH, a av.Antonio carlos está(quase) na etapa final de sua reforma.
Ontem passando por lá, observei as artes que pinchadores e poetas deixam nos muros e paredes de antigos prédios quase derrubados para a reforma.
Há desenhos maravilhosos, de bom gosto e perfeitas obras de arte.
Também poemas, haikais e frases de deixar pessoas sensíveis em devaneios dentro dos carros e onibus que passam por lá.
Deliciei-me com alguns destes poemas:
"TENHO GRAFITE NAS MÃOS E LANÇO-LHES POEMAS NAS SUAS TESTAS."
"VERDES MONTANHAS, ANTES DELAS IPÊS DE FLORES AMARELAS."
"O VENTO SOPRA E OS OBSTÁCULOS FAZEM MÚSICA."
Se eu estivesse de chapéu, com certeza tiraria.

9.12.09

CHOCANTE!!!

Todas as imagens são chocantes, mas...

...a pior.





A falta de educação do povo provoca alagamentos?Sim, claro!
"Os alagamentos que ocorrem especialmente nos meses de verão, quando aumenta o volume de chuvas, têm relação bem próxima com as atividades humanas nas cidades. De acordo com os especialistas, as principais causas para a elevação do nível de água nas cidades durante as chuvas são o volume de lixo depositado em locais inapropriados e a ocupação urbana de áreas cada vez maiores. Além de provocar prejuízos materiais às famílias que sofrem por residirem nas áreas alagadas, muitas pessoas chegam a morrer ou a adoecer como conseqüência dos alagamentos. A situação é ainda pior nas regiões onde a prefeitura não destina o lixo de forma adequada, visto que, nestes casos, o lixo termina por se misturar à água das inundações, aumentando a probabilidade de doenças."(aprendiz-19/03/2007)